sexta-feira, 24 de abril de 2009

Apertei forte minha língua contra o céu da boca e me veio um gosto assim de batata doce, ou doce de batata doce. Pensei várias coisas. Vim cantando com lágrimas engasgadas. Coisas de quando alguém devia ter apertado um pause, uma coisa assim, pra que um ponto da vida durasse mais do que uma faixa do disco. Lembrei da conversa que tivemos no Rio de Janeiro. Nostalgia, por que não? Uma casa cheia de plantas como cenário. Canos que estouravam – e eram o único problema que tínhamos. Na verdade, existiam outros, falsos. E aquilo tomava um tempo idiota da gente... Podiam ter avisado que aquilo era tudo mentira. Mas, mesmo assim, dava certo. Havia tapetes, jantares, pessoas numa festa o tempo inteiro. E esses problemas de mentirinha iam virando casquinha de machucado, até uma hora em que, no banho, percebia-se que, cadê?, tinha sumido.
Ai, tantas salas. Tardes.

Só Daffodil´s lament pra me entender hoje...

Um comentário:

Lucas disse...

ha dias ensaio palavras nesta caixa de texto, mas só consigo sofrer o que a distância tem nos oferecido.
a falta da voz,a falta do ombro, a falta de tudo o que tivemos em abundância...
Só mesmo uma voz sofrida cantando a descoberta de que "isto aqui não é Hollywood" para entender os nosso lamentos.