Do you remember chalk hearts melting on a playground wall
Do you remember dawn escapes from moonwashed college halls
Do you remember the cherry blossom in the market square
Do you remember I thought it was confetti in our hair
By the way didn´t I break your heart
Please excuse me I never meant to break your heart
So sorry I never meant to break your heart
But you broke mine
Kayleigh, is it too late to say I'm sorry?
And Kayleigh, could we get it together again
I just can't go on pretending that it came to a natural end
Kayleigh, oh I never thought I'd miss you
And Kayleigh, I thought that we'd always be friends
We said our love would last forever
So how did it come to this bitter end
Oh oh yeah
Do you remember, barefoot on the lawn with shooting stars
Do you remember the loving on the floor in Belsize Park
Do you remember dancing in stilettoes in the snow
Do you remember, you never understood I had to go
By the way, didn´t I break your heart
Please excuse me, I never meant to break your heart
So sorry, I never meant to break your heart
But you broke mine
Kayleigh, I just wanna say I'm sorry
But Kayleigh, I'm too scared to pick up the phone
To hear you've found another lover to patch up our broken home
Kayleigh, I'm still trying to write that love song
Kayleigh, it's more important to me, now you're gone
Maybe it'll prove that we were right or ever prove that I was wrong
quinta-feira, 27 de maio de 2010
she´s like the wind
She walks with a snobbish nose held high. She walks and passes me by as if to pretend she doesn´t see me, as if to pretend that I don´t see that she sees me.
She passes by like a rich snobbish girl.
Quando você foi embora, no auge dos meus dezessete anos. Você foi embora. Naquela época, tudo era pra sempre. Mudar de escola, mudar de casa e de vizinhos.
Você foi, sem recado no muro, sem carta, sem borrachinha sua de cabelo que eu roubei aquele dia do seu estojo.
Você foi. Eu, na fresta de sol do recreio. Fumava. O chão era frio na minha calça azul de moleton.
Meu pescoço. Meus braços brancos sem blusa.
Voltei sozinho, passava as mãos nos muros brancos de calcário. Dedos secos. Garganta seca. Fumava sozinho na volta da escola. Sentava na calçada. Era inverno, era nublado.
Andava as ruas do bairro. Fui no monte. Vi a cidade de cima, de cima da bicicleta. Do viaduto. Tinha onze anos. Tinha treze. Você. Milka de chocolate branco. Tinha dezessete. Tinha trinta anos.
She passes by like a rich snobbish girl.
Quando você foi embora, no auge dos meus dezessete anos. Você foi embora. Naquela época, tudo era pra sempre. Mudar de escola, mudar de casa e de vizinhos.
Você foi, sem recado no muro, sem carta, sem borrachinha sua de cabelo que eu roubei aquele dia do seu estojo.
Você foi. Eu, na fresta de sol do recreio. Fumava. O chão era frio na minha calça azul de moleton.
Meu pescoço. Meus braços brancos sem blusa.
Voltei sozinho, passava as mãos nos muros brancos de calcário. Dedos secos. Garganta seca. Fumava sozinho na volta da escola. Sentava na calçada. Era inverno, era nublado.
Andava as ruas do bairro. Fui no monte. Vi a cidade de cima, de cima da bicicleta. Do viaduto. Tinha onze anos. Tinha treze. Você. Milka de chocolate branco. Tinha dezessete. Tinha trinta anos.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
C´est ne pas juste!
I´m shivering all over.
If you don´t, just don´t.
But if you do, just do, just do it!!!
My bones hurt. My bones hurt me like a love song. My hands are as cold as the vampire´s hands.
I´m as tired as the huge buffalo. Trying to catch its breath somewhere. Somewhere but here.
Sometimes everything I wanted is to breathe, just breathe.
I´m shivering all over.
If you don´t, just don´t.
But if you do, just do, just do it!!!
My bones hurt. My bones hurt me like a love song. My hands are as cold as the vampire´s hands.
I´m as tired as the huge buffalo. Trying to catch its breath somewhere. Somewhere but here.
Sometimes everything I wanted is to breathe, just breathe.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Call me - Chris Montez
When you're feeling sad and lonely
there's a service I can render.
Tell the one who loves you only,
I can be so warm and tender.
Call me, don't be afraid you can call me,
maybe it's late but just call me.
Tell me and I'll be around.
When its seems your friends desert you,
there's somebody thinking of you.
I'm the one who'll never hurt you,
maybe it's because I love you.
Call me, don't be afraid you can call me,
maybe it's late but just call me.
Tell me and I'll be around.
Now don't forget me, `cause if you let me,
I will always stay by you.
You got to trust me, that's how it must be,
there's so much I can do.
If you call, I'll be right with you.
You and I should be together.
Take this love I long to give you.
I'll die at your side forever.
Call me, don't be afraid you can call me,
maybe it's late but just call me.
Tell me and I'll be around.
When you're feeling sad and lonely
there's a service I can render.
Tell the one who loves you only,
I can be so warm and tender.
Call me, don't be afraid you can call me,
maybe it's late but just call me.
Tell me and I'll be around.
When its seems your friends desert you,
there's somebody thinking of you.
I'm the one who'll never hurt you,
maybe it's because I love you.
Call me, don't be afraid you can call me,
maybe it's late but just call me.
Tell me and I'll be around.
Now don't forget me, `cause if you let me,
I will always stay by you.
You got to trust me, that's how it must be,
there's so much I can do.
If you call, I'll be right with you.
You and I should be together.
Take this love I long to give you.
I'll die at your side forever.
Call me, don't be afraid you can call me,
maybe it's late but just call me.
Tell me and I'll be around.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Queria pedir desculpas e queria dar desculpas. Deito num colo e não encontro nada. É frio. É frio na asa norte e em todo lugar. O vidro embaça e por pouco não coloco lenha na fogueira. Depois de uma rótula, ou rotatória, você vira à direita ou imagina que vira e imagina o que encontra e quer mas não quer encontrar.
A noite é fria e minha garganta congelou há um tempo, não consigo derreter a pedra. Nem no sol do recreio, nem naquele que existia no intervalo do almoço.
Uma mão que sua na medida certa e me passeia as costas sem camisa, mas sem frio. Eu, de bruços, eu, querendo estar de bruços, abraçando a cama inteira. Travesseiros e roupa de cama limpa como desculpas.
Falo “te amo” para o travesseiro, falo “te amo” para o Ricardinho, falo “te amo” pra mim mesma, segurando minha própria mão entrelaçada. O aquário secou, de cal e calcário e águas verdes que evaporaram. Os peixes, não sei quantos morreram. Tudo acre e salgado. Molho o chão pra ver as coisas respirarem. A flor é amarela, descartável, dura pouco e eu insisto. Cores que viram um borrão no meu fundo de olho.
Orelha dos outros, queixo dos outros, unhas, cabelos, onde enfio os dedos e sei que não estou lá. Tudo é ar que escapa de um furinho pequeno do balão, pele fina que sobra como um peito murcho. Tudo se esvazia antes mesmo de eu chegar, antes de eu tentar qualquer coisa. Meu corpo vira uma fita sem direção, num balé tresloucado que, de bonito, só tem a textura do meu corpo em si. E nada basta.
Água. Água. Quero água. Traga-me água.
A noite é fria e minha garganta congelou há um tempo, não consigo derreter a pedra. Nem no sol do recreio, nem naquele que existia no intervalo do almoço.
Uma mão que sua na medida certa e me passeia as costas sem camisa, mas sem frio. Eu, de bruços, eu, querendo estar de bruços, abraçando a cama inteira. Travesseiros e roupa de cama limpa como desculpas.
Falo “te amo” para o travesseiro, falo “te amo” para o Ricardinho, falo “te amo” pra mim mesma, segurando minha própria mão entrelaçada. O aquário secou, de cal e calcário e águas verdes que evaporaram. Os peixes, não sei quantos morreram. Tudo acre e salgado. Molho o chão pra ver as coisas respirarem. A flor é amarela, descartável, dura pouco e eu insisto. Cores que viram um borrão no meu fundo de olho.
Orelha dos outros, queixo dos outros, unhas, cabelos, onde enfio os dedos e sei que não estou lá. Tudo é ar que escapa de um furinho pequeno do balão, pele fina que sobra como um peito murcho. Tudo se esvazia antes mesmo de eu chegar, antes de eu tentar qualquer coisa. Meu corpo vira uma fita sem direção, num balé tresloucado que, de bonito, só tem a textura do meu corpo em si. E nada basta.
Água. Água. Quero água. Traga-me água.
Há lugares que só envelhecem. E não há grande outdoor ou letreiro colorido que desfaça a poeira turva que repousa sobre as praças, pessoas, velhos de pernas cruzadas, cachorros se coçando na rodoviária.
Lugares esquecidos, que só servem pra se lembrar. Um cheiro de fumaça de um fogão de lenha encostado há anos. Ruas asfaltadas com terra e poeira por cima insistindo. Alguém teimando em fazer a secagem do café, da mamona...
Tudo é amarelo e embaçado.
Lugares que não se perderam no tempo, mas no espaço.
Lugares esquecidos, que só servem pra se lembrar. Um cheiro de fumaça de um fogão de lenha encostado há anos. Ruas asfaltadas com terra e poeira por cima insistindo. Alguém teimando em fazer a secagem do café, da mamona...
Tudo é amarelo e embaçado.
Lugares que não se perderam no tempo, mas no espaço.
terça-feira, 4 de maio de 2010
notícias
O Rio de Janeiro continua lindo. Valéria e Laura também.
O Johnny Depp brigou com o Teddy. Várias vezes. Em uma, furou o pescoço dele, em outra, furou a mão do Ita.
O João nasceu, meu priminho, filho do Tio Rander.
Os peixes desistiram de Brasília e foram embora pra Uberlândia.
O Ricardinho anda muito solitário, quer usar relógio de pulso e pensa que é um monstro.
O Igel ta com depressão. Eu tenho que passar creme hidratante nele todo dia.
Minha cabeça anda coçando. Não sei se é o tempo ficando diferente, ou se é a famosa caspa.
To usando um perfume novo. Comprei no aeroporto em Belo Horizonte. É bom, é fresco e o preço não tava ruim.
Em São Paulo, olhando pra cima. Na festa, um retrô de era industrial longínqua. Nas ruas, os arranha-céus. Metrô. Pessoas, pessoas. São Paulo é como o mundo todo...
Belo Horizonte com Nara e Carlinha. Boa recepção pra deitar os pés descalços no chão de taco bem limpo. Família Puntel Motta muito hospitaleira. Comidinhas, comidinhas, mercadão pra saciar todas as sedes, show pra pular alto. Mais um sonho da adolescência.
Em Uberlândia choveu. Pagode é triste. Festa é triste. Vontade de deitar o dia inteiro num carpete, jogar a bolinha pra Sofia pegar, até cansar e entediar a coitada. Em Uberlândia, tudo resumiu e se resumiu em si. Ninguém mandou lembranças.
Fui a médicos, farmácia, estou fazendo terapia. Estou fazendo ioga. Estou adorando ioga. Coloquei incensos, joguei sal grosso, lavei a casa. Comprei sabonete pro rosto. Tirei sangue. Descobri que tenho condromalácia patelar. Descobri e desdescobri muitas coisas. Estou convivendo com Caio, estou amando. Estou mergulhada num universo de Satie, Menino Deus, Londres, São Paulo, cigarros, Olivetti, Virginia Woolf, Clarice Lispector, ovos apunhalados, águas e mais águas, esperança que já morreu com tantos e esperança tentando renascer nesse cimento todo.
Hoje, comi panqueca e purê, ao lado de um casal de velhos.
Amanhã, é feriado, graças a Deus, não vou estar por aqui.
Mas queria desejar feliz Páscoa. Não sei pra quê. Não sei pra quem.
Não to fumando, não to bebendo. Mas sei onde está o maço de Marlboro, que mantenho escondido.
Escuto rádio e poucos CDs. Uns que restaram. Uns que ameaçam menos.
Vi Avatar. Chovia. Gostei. Mas gostei muito mais de Onde vivem os monstros.
Minha prima veio me visitar e também a Mariana, que continua a mesma. Com a Rose, me senti tendo uma noite feliz e inusitada, pensando valer a pena Brasília, auf jedem Fall.
Estou lendo. Estou passando frio à noite. Dormi no chão. Dormi em várias camas. Tentei cantar.
Comprei calcinha. Viajei a trabalho. Vou viajar de novo. Tive visões. Tive medo. Tive sonhos.
Comprei alfajor na Paulista, onde já tinha comprado antes.
Comprei pijama. Dormi de roupa.
Morten é mais lindo do que se possa imaginar. Axel deixa uma lembrança no ar. Dolorores amou as árvores, como já se disse antes.
Filmes e momentos e romances que invento e que invento que lembro. Vontades que pesam sobre minha cabeça, pensamentos repetitivos. A televisão chiando. A louça acumulando. O seco que entra pelos meus olhos, narinas, cabelos. Meu momento de não dormir e sonhar, sonhar, sonhar...
Há algum tempo, poderia escutar Milton Nascimento em cima de uma bicicleta e curtir uma saudade em tempo real, me ver como de por uma janela de um trem. Mas agora, agora não há boemia pra explorar. Não há um jeito de isso ser bonito. Não dá nem pra ser poético. Poético não adianta, não resolve, não enche barriga, ou não esvazia. E tem tanta coisa pra sair, como pequenas mariposas, aos montes, às centenas, milhares, de dentro de uma caverna escura.
Notícias do mundo de lá e de cá. Luas que se enchem e se esvaziam nesses meses se acumulando. Aqui dentro, será que ainda mora alguém? E aí, do outro lado do abismo? É você, ou é meu eco gritando?
O Johnny Depp brigou com o Teddy. Várias vezes. Em uma, furou o pescoço dele, em outra, furou a mão do Ita.
O João nasceu, meu priminho, filho do Tio Rander.
Os peixes desistiram de Brasília e foram embora pra Uberlândia.
O Ricardinho anda muito solitário, quer usar relógio de pulso e pensa que é um monstro.
O Igel ta com depressão. Eu tenho que passar creme hidratante nele todo dia.
Minha cabeça anda coçando. Não sei se é o tempo ficando diferente, ou se é a famosa caspa.
To usando um perfume novo. Comprei no aeroporto em Belo Horizonte. É bom, é fresco e o preço não tava ruim.
Em São Paulo, olhando pra cima. Na festa, um retrô de era industrial longínqua. Nas ruas, os arranha-céus. Metrô. Pessoas, pessoas. São Paulo é como o mundo todo...
Belo Horizonte com Nara e Carlinha. Boa recepção pra deitar os pés descalços no chão de taco bem limpo. Família Puntel Motta muito hospitaleira. Comidinhas, comidinhas, mercadão pra saciar todas as sedes, show pra pular alto. Mais um sonho da adolescência.
Em Uberlândia choveu. Pagode é triste. Festa é triste. Vontade de deitar o dia inteiro num carpete, jogar a bolinha pra Sofia pegar, até cansar e entediar a coitada. Em Uberlândia, tudo resumiu e se resumiu em si. Ninguém mandou lembranças.
Fui a médicos, farmácia, estou fazendo terapia. Estou fazendo ioga. Estou adorando ioga. Coloquei incensos, joguei sal grosso, lavei a casa. Comprei sabonete pro rosto. Tirei sangue. Descobri que tenho condromalácia patelar. Descobri e desdescobri muitas coisas. Estou convivendo com Caio, estou amando. Estou mergulhada num universo de Satie, Menino Deus, Londres, São Paulo, cigarros, Olivetti, Virginia Woolf, Clarice Lispector, ovos apunhalados, águas e mais águas, esperança que já morreu com tantos e esperança tentando renascer nesse cimento todo.
Hoje, comi panqueca e purê, ao lado de um casal de velhos.
Amanhã, é feriado, graças a Deus, não vou estar por aqui.
Mas queria desejar feliz Páscoa. Não sei pra quê. Não sei pra quem.
Não to fumando, não to bebendo. Mas sei onde está o maço de Marlboro, que mantenho escondido.
Escuto rádio e poucos CDs. Uns que restaram. Uns que ameaçam menos.
Vi Avatar. Chovia. Gostei. Mas gostei muito mais de Onde vivem os monstros.
Minha prima veio me visitar e também a Mariana, que continua a mesma. Com a Rose, me senti tendo uma noite feliz e inusitada, pensando valer a pena Brasília, auf jedem Fall.
Estou lendo. Estou passando frio à noite. Dormi no chão. Dormi em várias camas. Tentei cantar.
Comprei calcinha. Viajei a trabalho. Vou viajar de novo. Tive visões. Tive medo. Tive sonhos.
Comprei alfajor na Paulista, onde já tinha comprado antes.
Comprei pijama. Dormi de roupa.
Morten é mais lindo do que se possa imaginar. Axel deixa uma lembrança no ar. Dolorores amou as árvores, como já se disse antes.
Filmes e momentos e romances que invento e que invento que lembro. Vontades que pesam sobre minha cabeça, pensamentos repetitivos. A televisão chiando. A louça acumulando. O seco que entra pelos meus olhos, narinas, cabelos. Meu momento de não dormir e sonhar, sonhar, sonhar...
Há algum tempo, poderia escutar Milton Nascimento em cima de uma bicicleta e curtir uma saudade em tempo real, me ver como de por uma janela de um trem. Mas agora, agora não há boemia pra explorar. Não há um jeito de isso ser bonito. Não dá nem pra ser poético. Poético não adianta, não resolve, não enche barriga, ou não esvazia. E tem tanta coisa pra sair, como pequenas mariposas, aos montes, às centenas, milhares, de dentro de uma caverna escura.
Notícias do mundo de lá e de cá. Luas que se enchem e se esvaziam nesses meses se acumulando. Aqui dentro, será que ainda mora alguém? E aí, do outro lado do abismo? É você, ou é meu eco gritando?
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