segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Quinta. Passou Paris, Texas na televisão num canal improvável... pelo menos não era dublado. E vi de novo a beleza e a dor de um amor que não cura e enlouquece, assim como a beleza da musa – que é olhada sem olhar, sem saber quem olha...

Pensei em mim, pensei no meu, na minha estória e nos amores que embalam... a vontade/tendência em se ver nas estórias contadas, as bonitas...
Quis chorar na cena em que Hunter abraça o ventre da mãe, ele diz pra ela que ela está de cabelo molhado.
Sexta. Quis ver um filme no mesmo torpor que continuava, sem querer, apanhei na estante da locadora um filme do Wim Wenders que eu não conhecia, Estrela solitária. A moça loira me lembrou alguém e vi que era a menina do Minha vida sem mim. Pensei na gente. Pensei na gente comentando sobre esse filme, como as afinidades se mostraram como uma isca. Pensei... Sonhei... Rezei e pedi a Deus, pra Iemanjá, pra Jesus Cristo... Queria uma prova, queria uma certeza.
Terça. Uma cena ainda que comum me esquenta as orelhas, me faz arder em febre e raiva, de pensar que a vida anda ainda tão cotidiana pra certas pessoas. Você atrasada. Bolsa vermelha. 12 e quarenta e alguma coisa. Problemas no Fórum, eu sem almoço, falta de representação nos autos... Pássaros no lanche rápido e uma decisão – fui ver um filhote que eu estava querendo. Ele era só dentes e baba, e medo. Mas a casa me mostrou que havia paz acontecendo por aí. Me lembrou seu pai, sotaque mineiro, cabelos grisalhos, mais de sessenta anos. Me identifiquei e o filhote se identificou comigo, se repousando por debaixo das pernas. Primeira viagem à casa, primeiro banho, primeiro tudo. E o Nino passou a ser razão de muita coisa.
Sexta. Acordo. Sinto, como tantas vezes, a presença, sinto você de novo. Como quando imaginava, olhando a lua, indo dormir, sentindo cheiros, olhando pro alto, nos shows... Sinto como em tantas vezes, isso que permeia, que se deposita no fundo, como numa piscina e que, de exceção, torna-se a única verdade, o que, de esporádico, vira o que é plano e constante em mim. Minha cabeça devia parecer um pino quente, e, na displicência de escrever meu código-chamado no blog, escorreguei a mesma mão pelo teclado e a transcendência entrou nesse plug da vida que se pode tocar. Uma pequena frase e o vapor subia... E algo acontecia, e na verdade, só aparecia para os olhos de fora, porque tudo sempre aconteceu. E de repente, já era eu dentro do carro, esgoelando uma mesma música que também só tocava dentro de mim há tanto tempo. Sol, caminho, casa e uma combinação: sábado.
De manhã. Sem detalhes de qualquer consequência de sonos, mãos, apetite, em resumo, você estava lá. A parte que me escapa é a de falar, muito polida, sobre tanta coisa que entupia, mas, que saía da minha boca de maneira tão mais suave, e o que sobra já sou eu querendo um abraço, sentindo cabelos (você tocou primeiro os meus), um seu outro perfume, querendo ver os detalhes da sua mão, unhas, braços, deitar no seu colo, te abraçar, abraçar, perto do pescoço... A sem-graceza deixa espaço pra mais coisa e sempre parece que nunca acabou, que ninguém esqueceu. O sol entra pela janela, há silêncio e paz numa manhã de sábado, que poderia ser qualquer uma, mas era aquela, no sofá, num fevereiro.
Você vai ter coragem de não ter coragem?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Precisava dormir uns três dias seguidos pra espantar o cansaço...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Prodigy às 08:20 da manhã... ihuuuuuuuuuuuuuuuuuu....

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ebony eyes...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pensei em estudar, mas a cabeça está em outro lugar... Literatura, talvez... mas um livro sobre o doido do Dostoieviski? não sei não...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Saudade mata, concordaram comigo, mas, aí, antes, alguém pode te socorrer, não? segurando sua mão escorregadia para que você não caia.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Saudade mata?