terça-feira, 14 de julho de 2009

linger

Sometimes I feel so happy
Sometimes I feel so sad
Sometimes I feel so happy
But mostly you just make me mad
Baby you just make me mad
Linger on, your pale blue eyes
Linger on,your pale blue eyes
Thought of you as my mountain top
Thought of you as my peak
Thought of you as everything
l've had but couldn't keep
I've had but couldn't keep
If I could make the world as pure and strange as what I see
I'd put you in the mirror
I put in front of me
I put in front of me
Skip a life completely, stuff it in a cup
She said money is like us in time
It lies but can't stand up
Down for you is up
It was good what we did yesterday
And l'd do it once again
BmThe fact that you are married
Only proves you're my best friend
But it's truly, truly a sin

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Fiquei ali, no balcão, enchendo a cara com Keep Cooler. Esperei alguém vir. Esperei alguém convidar. Esperei alguém notar. Gôsto de bebida de motel, pensei. Ninguém notou, ninguém parou. Não seria romântico se alguém parasse, se dissesse alguma coisa.
As borbolhas queimando o céu da boca, prendendo gás pra dentro da garganta. Eu, vestida de preto, como minha alma.
Pegaram na minha bunda no banheiro.
Todas as minhas curvas se tremeram de nojo e vontade de me entregar a um abismo sem fim, sem volta, como quem se corta pra se punir ou sentir prazer.
Encheream a mão em direção ao meu sexo.
Tive medo. Lembrei da minha mãe e de um anjo que colocaram em meu caminho pra me assustar e me dizer o óbvio. Maria Paulina, com Gudang Garam de prontidão.
Saí deslizando pelas paredes pintadas de esmalte-escola-estadual. Minhas unhas carregando resíduos. Cheguei à calçada e vomitei. A vontade era de vomitar tudo, pra fora de tudo, olhos, nariz, orelha. Ali mesmo chorei a gosma inteira, tudo que é molhado nessas situações.
No táxi, ainda com medo, encostava de pescoço mole a cabeça no banco, tentava, sem muito esforço, esconder um pouco das pernas com o pouco pedaço de saia. Desço um quarteirão antes pra sentir o frio da rua de novo, misturar o negro de dentro com cor de noite que me engolia. Me encostei na árvore e chorei lágrimas quentes, derretidas, como se saíssem direto do peito. A casca antiga da árvore, benzida de fumaça, poluição e história, me dava um aconchego frágil, uma sensação reflexa de um acalanto que eu fornecia a um ser esquecido.
Se eu subisse agora as escadas branco-encardidas em espiral, sei que seria longo o caminho, não querendo me ver sozinha sem espreita na rua, e nem em casa, onde, nem o quadro pendurado na parede – a que eu tinha paixão – me faria preencher os espaços de pé direito e lençol esticado (pra quem eu ainda fazia a cama?). Quisesse, talvez, colocar aquele disco ao vivo da Nina Simone, um Martini no copo, pra mudar o gosto da boca, um pijama comprido, pra me sentir comum, as janelas do apartamento da frente com o casal de idosos que dançavam tango devagarzinho. Se eu entrasse, se desse boa noite de cabeça baixa ao seu porteiro. Se conseguisse subir as escadas. Se abrisse a porta, pisasse o quinto taco solto. Talvez a gata estivesse em casa. E eu olhando as pedras portuguesas debaixo do salto. Se eu entrasse e subisse as escadas. Se eu subisse. Se eu entrasse. A casca da árvore. A pedra portuguesa.
13:25. Ainda nao almocei. Nem sei se vou almoçar. Reli as postagens antigas do blog e percebi que minha angústia, meu incômodo é o mesmo. Nada mudou. Me senti idiota, impotente. Queria saber se eu magoo desse jeito que me magoam.

sábado, 11 de julho de 2009

gosto do meu blog... tenho orgulho... pena tão pouca gente ler. ou não...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

que contraste. céu de brasília e eu com a cabeça em blade runner...
I’ve seen things you people wouldn’t believe. Attack ships on fire off the shoulder of Orion. I watched C-beams glitter in the dark near the Tannhaüser Gate. All those moments will be lost in time, like tears in the rain. Time to die.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

essa sensação de agora, isso de agora me trouxe um gosto na boca, familiar, demorou dois segundos pra descobrir - era de pitanga.
não sei se o gosto da pitanga era o que significava essa situação ou se era o remédio pra ela.
pitanga, debaixo da árvore, das árvores, pitanga no lote, na palha de arroz.
acerola? ainda não.

terça-feira, 7 de julho de 2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

tentando suspirar...