terça-feira, 30 de março de 2010

domingo, 28 de março de 2010

e.e. cummings

somewhere i have never travelled,gladly beyond
any experience,your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near
your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully,mysteriously)her first rose
or if your wish be to close me, i and
my life will shut very beautifully ,suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;
nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility:whose texture
compels me with the color of its countries,
rendering death and forever with each breathing
(i do not know what it is about you that closes
and opens;only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody,not even the rain,has such small hands

quinta-feira, 25 de março de 2010

Cry wolf. Uivando como no topo de uma pedra, em paz com os monstros de dentro e de fora.
Numa mesma cúpula, abóboda (acho que não chega a ser), eu me refletia de emoções como há dias atrás.
Meu medo me fez suar as mãos por dias, perder o sono, ter medo... Esperei até o último minuto, esperando que um milagre acontecesse. Mas o milagre estava lá.
Da dor, do medo, do abismo vertiginoso nasceu uma coisa límpida, mais clara, por ser a coisa mesmo clara.
As imagens, atrás, de natureza, mar, baleias, azul, verde, tudo traduzia uma energia de verdade, uma coisa suave. E aquilo, pesado antes, se deixou amolecer e virar só uma quase paz em mim.
Doía, é verdade, mas menos do que eu previa.
Inevitável olhar na platéia, procurar um rosto conhecido e inevitável torcer, também, para não encontrar.
Sabia que, se você estivesse lá, ia perceber, como eu e como pouquíssimas pessoas, que ele errou a letra de The blood that moves the body. E também, que seguraria minha mão forte em Hunting high and low, quando eu chorei.
E aquelas sensações de sozinha na multidão que tanto tenho experimentado. Mas, dessa vez, não bastava qualquer mão forte querendo me proteger na escada – clássico. Porque ela também não estava lá. Perfumes que passavam no ar, coros, pessoas chegando atrasadas. Ninguém estava.
Olhar pro teto era como imaginar tudo aquilo que já estava ali bem em frente, em cima do palco.
Você teria visto aquela calça branca linda que ele usou? E sua voz, quando ele falava, teria ouvido, do mesmo jeito que eu ouvi?
Mas o que acalmou também não foi suficiente. Parece que não foi intenso como poderia ser (claro). E não havia ninguém ali pra pular ou gritar até o fim da voz... Só eu. Sozinha na multidão.

“Do you know what it means to love you?”
Als das Kind Kind war,

wußte es nicht, daß es Kind war,
alles war ihm beseelt,
und alle Seelen waren eins.

Als das Kind Kind war,
fielen ihm die Beeren wie nur Beeren in die Hand
und jetzt immer noch,
machten ihm die frischen Walnüsse eine rauhe Zunge
und jetzt immer noch,
hatte es auf jedem Berg
die Sehnsucht nach dem immer höheren Berg,
und in jeden Stadt
die Sehnsucht nach der noch größeren Stadt,
und das ist immer noch so

quarta-feira, 24 de março de 2010

Tinha um banco, daqueles altos, onde, na verdade, ela nem se sentava, entre uma pausa e outra da música, ela tragava e jogava a fumaça contra luz pouca, de perfil. Assim, meio Diane Keaton, ela parecia sozinha, sozinha com sua voz e sua música.
E segurava o microfone no pedestal, levemente, quase sem encostar, com o cigarro na mão.
“It could be sweet...”.

terça-feira, 23 de março de 2010

de caio f., mas podia ser meu...

Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar.

quinta-feira, 18 de março de 2010

la vie en gris

quarta-feira, 17 de março de 2010

Levo uma vida de uma mulher nova iorquina bem sucedida. Com a diferença que moro em Brasília e não tenho grana...

segunda-feira, 8 de março de 2010

patience

Tem coisa que te toca no fundo, de verdade. Quantas e quantas vezes você ouve um “I need you”, um “don´t you cry”, um, sei lá, “I love you” numa canção? Quantas vezes? Mas, às vezes, essas palavras soam como se fosse a primeira vez no seu ouvido, uma verdade dita de verdade. Um raio de poeira no ar que parece querer te mandar uma mensagem.
Quando ele, recostado, olhando de através, pede paciência, e você acha que é com você, e você lembra da primeira vez em que viu ele ao vivo, abrindo um show dos Rolling Stones na TV, calça colada e rebolando, e “I need you”, e “I need you”, e você chora, sem agüentar. “Just a little patience...” Será que é isso? E tudo parece uma prece. E tudo passa com um flash nítido por você. Como quando ele, ao piano, já provocando uma deixa, toca november rain, e, de repente, você tem onze anos, cheia de roupas de frio em Porto Alegre, de puberdade saindo pra fora por descuido. Você sente como era ter aqueles joelhos, a volta ensolarada das aulas de Inglês. Seu coração palpitando por um menino de camiseta alaranjada. Uma música te faz sentir tudo isso.
11 anos. Ainda tão sem nada no currículo, que bom... que saudade de não ter nada.

late

she loved the trees. she said she´d loved the trees.
how. era a primeira música. eu já sabia. naquele momento, a letra sempre vem significar as coisas que a gente quer ver. " you said you would leave me alone..."
para o meu pedido uppon the stars teve também daffodils lament. e sempre pretty, que a danada sempre põe nos shows. quem será essa "pretty"? e waltzing back. música de me fazer chorar na adolescência. ode to my family lá embaixo, perto do público. linger - isqueiros ao alto. empty com bongôs. i can´t be with you - música de gritar no carro. animal instinct...
pra embalar o meu sonho, uma cordinha que puxo destrambelhada nessa montanha de sonhos, poderia ser que tudo isso se desse em qualquer lugar, que o que importava era aquilo ali, quatro pessoas (ou duendes.. hehe) no palco. mas, não. foi lá, em bh, bh antiga, cheia de curvas e ladeiras, mais emoção, né?
she said she´d loved the trees...