domingo, 18 de dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

de lado. ao lado do vento. nariz em direção a oeste (ou era leste?). ruínas de uma cidade qualquer. tudo refletia nos óculos e na alma, naquele fim de tarde.
chá com gosto metálico, mistura com o chiclete de menta.
você passou a mão pelo meu ombro. fizemos uma promessa silenciosa em direção ao horizonte. lembrei da capa daquele disco de que gosto tanto. promessas, vontades. a cor daquele mar nunca poderia me deixar esquecer. seus dedos eram secos na minha jaqueta, mas eram os dedos suficientes. você queria se esquentar e colocava a mão dentro do meu bolso... eu lembro disso. lembro de tanta coisa.
cantamos, murmuramos na volta, no trem. os ombros, de novo, anteparo para o cansaço.
no escuro, a vela iluminava as curvas do seu rosto. e o vento fazia desenhos - vontade de interferir na minha janela pra você. aquilo era do mundo e falamos de mazelas e confortos e regramentos criticáveis. as mulheres nessa sociedade, na sociedade toda. woman in chains - gosto dessa música, chorei no show quando ouvi... ("eu sei...").
o céu nos abraçava, a lua, tudo confluía e era testemunha e era abrigo.
minhas ruínas de agora, ombros em qualquer direção. peço proteção. me demoro debaixo do guarda-chuva. não atravesso pra nenhum lado. acendo a vela, acendo todos os fogos da minha alma em criptas. respiro como por um fole. veias nas minhas mãos como num doente.
quero visitar os lugares pra ver se te encontro. vou estar num leito e ainda vou ter essas imagens, vou querer ainda te buscar, romper as janelas, as cortinas, voar na intensidade do meu querer. num leito, vou estar de veias e mãos graves... e você? viria me buscar?
pedidos escritos em barquinhos de papel que depositamos em correntes brandas. o que esperar de 2012?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

watching madonna´s 4 minutes video, i just thought: meus filhos, comam bastante feijão, porque madonna é madonna!!!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Num domingo de manhã, nublado, permitindo dormir até mais tarde, acordo. Chá mate com pão de milho. Um filme sobre destinos cruzados. Naomi Watts grávida, caminhos que se perdem. Mãe buscando filha, filha buscando mãe. E a paz é encontrada na outra geração que fica - a neta. Choro com a frase: "Ella tem o rosto de um pássaro, voando sobre esses 38 anos que se foram". Mulheres.
Ando tão sensível.
Depois, um documentário: Mulheres heroínas, 2010. All around the world. As histórias também se cruzam. No morro, a menina conta seus sonhos. A mãe, a avó, a bisavó. Há uma história. Há a tradição, um fio que liga gerações e o orgulho, que junta tudo pra frente e pra trás.
O que acontece? O que acontece com essa força?
No morro, no lixão, em Nova Deli...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Susan Sarandon é libriana, do dia 4/10 e esta com 65 anos...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ein bisschen langweilig...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


O tarot me disse tanta coisa. Me disse todas as coisas. Coisas que eu já sabia, coisas que eu sei, que deveriam ser contadas, cochichadas no ouvido de certas pessoas.
Tenho dó de algumas pessoas. Pessoas pobres. Pessoas num ponto de ônibus na chuva. Tenho dó de mim.
Sofia Coppola, um deserto, um quarto de hotel. Poderia ser a minha estória. O tédio e a impossibilidade. A prisão. Num mundo que não se sabe existir só de dentro ou fora.  Cleo parece um Elfo, cuida do pai. He cries when she leaves. Sentado num carpete, à beira da cama. Tenho tudo e não tenho nada, pode ser piegas, mas o que não é?
É tarde. O abajur se faz notável. Luzes que se ramificam e não povoam nada.
Quase sem som. Eu e Nino nos comunicamos no silêncio. E ele se aninha – estamos ambos carentes, penso.
Sofia salva alguém? No deserto? Ou oferece o abismo?
Não sei onde me atiro…
i am not suposed to be doing this - tastes like self destruction. but as i'm drowning, there's nothing left to do.
ando uma rua escura como se estivesse em rostock. da música que ouço, parece apenas haver o som do baixo, dando a gravidade do compasso do coração.
at the corner, the singer sounds like nina simone. everyone sounds like nina simone these days.
se eu conhecesse alguém especial, alguém realmente especial, como um hércules... um que fosse capaz de me levar pr'algum lugar... longe de mim, da minha memória.
faço um trato, falo diversas línguas, à noite, pra quem puder escutar. vago a nuvem de pensamentos sobre os pensamentos, até se dissolver no invadir do sono. mas hoje, até o sono foi cavalgar em outro lugar.
uma casa cheia de gente, quando é sempre natal com aquela propaganda da bicicleta e, mesmo sabendo que se tem apenas seis anos de idade, dá vergonha de saber que se tem vontade de chorar.
na névoa do dia seguinte, sem cheiro ou gosto de plástico novo que se esperava sentir. papelão pra fingir de chocolate - fizemos pentinhos de papelão, tesourinhas de papelão. isso foi um dia...
deus, preciso criar algo!!
Preciso fazer como Andre, que armou a arapuca para chegar a Ana, como fazia com as rolinhas que caçava.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Carne tremula....

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

carne nua, nua, nua, nua....