quarta-feira, 28 de setembro de 2011


O fogo da mata invadiu a cidade e quem lavava calçadas insitiu mas se cansou.
Tudo parece mais bucólico e verdadeiro com essa música ao fundo. Cachorros se coçando pelas ruas, cortinas de fumaça e verdade.
O que se depositava nem era só foligem, talvez, medo, talvez coragem de encarar o novo, mesmo que o novo fosse cinza.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Náufrago sôfrego.

Alguém se agarrou, escreveu, disse. E eu do outro lado da linha, do outro lado do eu. Não sabendo se sou uma continuação de mim ou se a própria ruptura. Tento ter coerência e não sei se o próprio tentar já é ser ou não coerente. Apenas ser, apenas simplificar, poderiam dizer.
Ainda há resquícios, pedras que se colocam, muitas. Mas a cada dia você me perde mais um pouco.

João Bosco enseja todas as aquarelas, ainda mais num dia de chuva como este. Mesmo cinza, o cinza é feito de águas necessárias.

Na manhã embalada de cheiros de outrora, fica uma parte de mim em casa a olhar pela janela, a esquentar água e querer chá. Fico nas cobertas, leio jornal. E outro passo vem cumprir um dever de dias e meses. Mas até esse eu, agora, dentro de papéis e escritos, se vai por músicas e relembra e fica no meio do caminho. Esta, que não está em casa, nem em 1990, se empresta e deixa o radio ligado bem baixinho. Se encolhe por entre caixas, mas balbucia uns verdes e uns passarinhos.
“Deitada no azul nos braços da cruz...”

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quase um mês sem postagens novas. A inspiração vem quando uma coisa profunda demais toma conta, e é melhor estar rindo por aí do que deixando se falar por letras no papel ou num post. Não que não ocorressem tais momentos, mas deixo pra lá, tipo, olhar do motorista do lado, refletindo as lentes do Ray Ban.

E gravo umas músicas que são, novamente e de novo, trilha sonora de nossas vidas. Pode até doer. Dói – “é espinho que só dói, quando põe o pé no chão”... Mas fazer o quê? É parte da verdade, é parte da história. E um dia dá vontade de contar tudinho...