quinta-feira, 29 de outubro de 2009

o que vai virar deste blog aqui?
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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Benicio roubou a piranha de cabelo da Alicia...
cansaaaada...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

there's nothing like
you and I, baby
this is no ordinary love
no ordinary love
keep trying for you
keep crying for you
keep flying for you
and I'm falling
I won't pretend
I'm good at forgiving
but I can't hate you
although I have tried
I still really, really love you
Love is stronger than pride
is it a crime?
is it a crime?
that I still love you
and I want you to want me to
If you were mine
If you were mine
I would't want to go
to heaven...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Eu queria jogar tudo pra fora como num vômito. Em um segundo, tudo out. Mas sou justa demais pra fazê-lo. E nem é justa a palavra, talvez.
Não tomar banho. Suar até secar, como tem acontecido, sem eu perceber.
Hit the road and drive and get there in a minute. Mas não tive coragem. Pensei quando não se poderia pensar. I freaked out.
Não queria ter que usar de palavras minhas pra dizer nada. Minhas mãos podem dizer algo, meus braços, como já fiz tantas vezes, mas... mas o ar tá vazio demais. E eu sempre me convenço de sabores artificiais de morango. Minhas faces ruborizam – eu sei que ruborizam – e tudo se transforma numa água tão abundante e límpida e de uma temperatura que deve fantasiar as propagandas de chocolate prestígio e tudo transborda depois de transbordar e transbordar em incessante transbordamento. E é tão dificil de evitar – e aqui está minha defesa... é tão dificil, que consigo rir, rir sozinha depois de suar as mãos de tanto desconforto. Não há equilibrios para a libriana...
Take me by the hand and save me.

caché




segunda-feira, 19 de outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Não quero me perder. Não agora, sem desculpa de inferno astral. Eu não vou aguentar de novo um furacão desses, que chega à minha casa e toma o pouco do ar que há aqui dentro, um pouco dos sonhos que sonho sozinha em cima dessa cama, com um fim macio que busco nesses travesseiros. Eu estou passando pela pinguela cheia de lodo, olho pra baixo, olho pro lado e procuro mãos em que me apoiar. Coisas pesadas, coisas complexas e diferentes acontecem, acontecem de um jeito que a gente imagina sem imaginar, num momento de prenúncio, coisas que são turvas de se olhar e que podem ser confundidas com medo. De repente, é frio, mas, de repente, não há medo, só uma confusão, só um fim de semana em que se pode chorar como num final de filme. E aí, a esperança, a vontade a procurar a calma. Depois disso tudo, depois do cheiro de cardamomo no ar e frescor que vem por debaixo dos toldos, passam-se dias, passam-se idéias e descompassos que vão tomando a cena, os preenchimentos como uma piscina que enche muito devagar. Em algum momento, você pode conter, você acha que pode conter, mas a velocidade das coisas – ou a não velocidade das coisas – acontece enquanto você cumpre suas oito horas de trabalho, enquanto finge que não sabe o que está fazendo diante dessa televisão. E aí, meu amor escoa como um sangue que não queremos conter, só pra ver onde vai dar. Imagino frutas a oferecer, posso querer colorir a casa, mas vai dando medo de não ter pra quem. Uma hora estou te oferecendo cigarros, sei o que dizer, visito o guarda-roupa, tudo tão verde-água, como a capa de disco em 1994, tudo parece claro e, de repente, sou eu não querendo ter momentos pra fingir que não há o silêncio.
Não posso. Não pode ser só isso.
Não sei quem é. Às vezes não sei quem você é. Às vezes parece que é só uma massa fina, muito fina, que, tirando todo o glacê de cima, a massa já derreteu na sua língua e você nem viu...
E não posso dizer de verdade tudo o que estou sentindo...
Eram caixas, cubos. Brancos. Ninguém sabia que eram. Formavam um painel que, de repente, se desmontou e, de lá de dentro, saíram dois bailarinos e começaram uma coreografia meio robótica, com pouco gingado dentro do colant.
No começo, a caixa de papelão na cabeça do Chris prenunciava algo. Caixas também, depois, numa música lenta, quase de embalar, na cabeça das duas bailarinas, de vestido vermelho que, de tempo em tempo, rodopiando em volta do vocalista, interagiam com ele lhe dando a mão. Só ao final, descobriríamos que as duas eram loiras, com cabelo bem curtinho, à la Cinthia Rhodes, em Flashdance. Também tinha um bailarino e uma bailarina, esses, negros que, na música Jealousy, brigavam e dançavam e jogavam as caixas um no outro – ódio, raiva, amor, dificuldade: vermelho.Os bichas se abraçavam e gritavam e sabiam cantar tudo quase - um beijo enternecido, num momento, eu de testemunha – e o pessoal mais velho, certamente já na casa dos 40, se sentiu mais in, nada de fora, nem estranho, ali, naquele lugar, o tempo era o mesmo. Ao final, lá permaneceram, porque também tocaram, já pelo DJ, Depeche Mode, New Order e tudo aquilo era mesmo uma festa, para os mais velhos, para os bichas, para os doidos (um jurando que era Michael Jackson...) e para mais quem.
Being boring foi a penúltima música, gosto de que já estava acabando. E a música, uma alegoria à lembrança, à vontade de eternizar tudo de lindo, de amizade, de festas sinceras já era mesmo uma metalinguagem daquele momento. As costas e as pernas de recém-29 anos já ressentiam a vontade e a atitude de pular, pular muito e alto pra sentir tudo aquilo. E uma querência tão grande de fazer tudo ecoar por todas as quadras e árvores de Brasília.
Nunca se entediar. Que nada nunca fique chato. E assim será, enquanto ainda existirem amigos e Pet Shop Boys.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

but I thought inspite of dreams
you'd be sitting somewhere here with me...
Being boring – Pet Shop Boys

I came across a cache of old photos
And invitations to teenage parties
"Dress in white" one said, with quotations
From someone's wife, a famous writer
In the nineteen-twenties
When you're young you find inspiration
In anyone who's ever gone
And opened up a closing door
She said: "We were never feeling bored"
'Cause we were never being boring
We had too much time to find for ourselves
And we were never being boring
We dressed up and fought, then thought make amends
And we were never holding back or worried that
Time would come to an end
When I went I left from the station
With a haversack and some trepidation
Someone said: "If you're not careful
You'll have nothing left and nothing to care for
In the nineteen-seventies"
But I sat back and looking forward
My shoes were high and I had scored
I'd bolted through a closing door
I would never find myself feeling bored
'Cause we were never being boring
We had too much time to find for ourselves
And we were never being boring
We dressed up and fought, then thought make amends
And we were never holding back or worried that
Time would come to an end
We were always hoping that, looking back
You could always rely on a friend
Now I sit with different faces
In rented rooms and foreign places
All the people I was kissing
Some are here and some are missing
In the nineteen-nineties
I never dreamt that I would get to be
The creature that I always meant to be
But I thought in spite of dreams
You'd be sitting somewhere here with me
'Cause we were never being boring
We had too much time to find for ourselves
And we were never being boring
We dressed up and fought, then thought make amends
And we were never holding back or worried that
Time would come to an end
We were always hoping that, looking back
You could always rely on a friend
And we were never being boring
We were never being bored
'Cause we were never being boring
We were never being bored

such a great party!







segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sempre nublado, sempre um ar grosso que me desce sobre os ombros me empurrando pra ficar nessa de balanço e pensamentos. Quando for quatro e meia, pode abrir o sol, e, mesmo que pouco, é feliz.
29, como naquela música da Legião. Tão anos 90... E agora vai chegando a minha vez.
Em 82, lembro de mim em pé em cima de uma cadeira, soprando vela. Em 83, veio o Ricardinho. Em 85, era o compacto três em um, Maíra, Raoni e Itamar na mesma festa. Em 86, um bolo de flor da tia Cândida e um conjuntinho de linha que minha avó deu. Em 87, não faltei à aula. Em 88, foto com hibisco e depois viagem de excursão pra São Paulo. Em 89, Bento e Kássia no Rio de Janeiro. Em 90, tênis Panda preto de cano alto. Em 91, almoço no Livorno. Em 92, a bicicleta Caloi Cruiser. Em 93, sem Bento e Kássia, só na foto. Em 94, sapato mocassim. Em 95, Jean Paul Gaultier, Palila e Tia Regina de surpresa nos quinze aninhos... Em 96, festa com banda tocando Green Day. Em 97, Luana, Paulada e Bush na cabeça. Em 98, primeiro gole de cerveja oficial. Em 99... vixi... Em 2001, festa surpresa de mentirinha. Em 2002, cerveja em Hamburgo. Em 2004, minha festa Flashdance...
29, que ainda não é trinta e ainda tenho 48 kg. Ainda tenho o Ricardinho do lado e vontade de ganhar café na cama. Ainda quero suavidades de beijos na testa e Dadá pendurada na parede, sem febre nem delírio. Ainda quero faltar à aula e ser amada como filha, criança, neta, menina que gosta de cama e de que leiam pra ela. Tenho 29, mas tenho 24, tenho 6, nadando na piscina, tenho 3, no escuro, tenho 9, ganhando o primeiro sutiã. Sou essas e sou uma, me olhando no espelho de manhã. Não quero perder nenhuma, quero ser todas e tudo o mais que vem pela frente...