segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ESTAMOS COMEMORANDO (ESTAMOS? EU MAIS QUEM?) 300 POSTAGENS NESTE TAL BLOG.
(COM ESTA, 301)

domingo, 30 de agosto de 2009

o amor não passa

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quando você vem aqui nessa janela
quando você vem aqui...

uma coisa é verdade: é muito bonito tudo isso que eu passo

a tarde está magnífica
é frio
e parece que estou em outro lugar do mundo
escurece tão rápido - como fumaça

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Criança - Marina Lima

Vou
Vou levar
O tempo que for
Vou
Vou levar
Até desvendar caminhos e ver
Como eu chego em você
Vou
Vou levar
Até descobrir
Onde está
O mapa da mina
Eu sei (eu sei)
Criança, eu sei
Mas se você disser
Que quer
Eu tô quase lá...
Vou
Vou levar
O tempo que for
Vou
Vou levar
Até decifrar segredos e ser
O que eu desejo prá você
Vou
Vou levar
Até conseguir
Alcançar
A sua inocência
Eu sei (eu sei)
Criança, eu sei
Mas se você disser
Que quer
Eu vou adorar

domingo, 23 de agosto de 2009

Ela me mandou um postal dizendo assim: você já pode vir.
Meses que não conversávamos. A última imagem veio em cores de cabelo, cabeça virando pra trás, um leve sorriso sem graça e o resto foi um gosto de saliva ruim, espessa que trazia pra dentro da boca umas lágrimas embaçadas.
Minha idéia era ir pelo menos até Portugal, me despedir, depois voltar. Nem isso aconteceu.
Fui embora naquele dia nem sei como. Difícil chegar num lugar que nem era minha casa. No sabonete, memórias recentes de bolhas. Piso ainda molhado um pouco. Olhei todas as paredes e a pouca coisa que havia pra olhar.
Junto do postal havia uma foto. Era ela no trem. Não sei quem poderia ter tirado. Olhei mil vezes a foto e o postal. Decorei uns três figurantes servindo de paisagem atrás.
Não saberia o que esperar e nem o que realmente quis significar. Mas tudo foi suficiente pra subir um calor que conhecia de antes, de quando os cheiros preferidos me faziam arrepiar suave. Já me vi em direção a uma estação de trem. O que eu inventava se misturava na própria imagem dela na fotografia, até as mesmas cores de roupa.
Não soube hesitar, como nunca realmente fiz.
Haveria pouca coisa pra levar. Arrumei. Me arrumei e fui, fechando os olhos no balanço do trem, me fazendo suficiente a calma e a euforia que a antecipação de um abraço trazia para minhas relembranças.
Always yours.
Às vezes, basta uma mão. Uma mão que a gente não consegue descrever de que cor é, porque de sensorial e bastante e macia como um pano e leve, só se sabe o que se toca de ofuscar o que se vê.
Ontem, podia ter morrido. Deus mandou chuva pra me jogar algo na cara, mas eu, cervejas no esôfago e incapacidades, não entendi. Ou entendi e estou agora aqui, fingindo.
Meu olho interrompido de cortinas, e, às vezes, realmente fechava por segundos suficientes pra me arriscar.
Quase uma hora de volante. Qualquer música de fundo no rádio. Avenidas que não acabavam mais. E um sopro insistente, poder de me manter do jeito que quer. Ontem.
Pressiono meu coração contra a cama, contra o lençol, a colcha. Meu coração quase não bate. E insônia de me mostrar um espaço pequeno aqui que não alivia um vazio imenso que ecoa de dentro pra fora e de fora pra dentro.
Ontem.
Espuma dentro. Amargo. Amorgo. Que nem me deixa vomitar. Meu interior com aroma artificial de baunilha.
Ontem. Quinta-feira. Domingo.
E ali dentro está a vontade, que não morre. Quem conhece os mistérios da vontade e do seu vigor? Pois Deus não é mais que uma grande vontade, penetrando todas as coisas pela qualidade de sua aplicação. O homem não se entrega aos anjos, nem se rende inteiramente à morte, senão pela fraqueza de sua débil vontade.

Joseph Glanvill

terça-feira, 18 de agosto de 2009

How dare you?
How can you just look this cool without any mercy on me?
How can you do such things pretending you don’t know what you’re doing? You know I see through your eyes, so how can you just show yourself to me like that?

I was just passing by as I do every day. And you were there, smoking you cigarettes. The way you did that - looking very calm but with shaking hands – caught me for long minutes. The pigeons seemed to blow the whole scene but they brought reality to that urban moment and a contrast to a piece of beauty among grey and scary characters. You were sitting there with your legs. Your t-shirt, the jeans, your dark hair. Your hands willing to tell me something.
One. Two. Three cigarettes. Your beautiful strong shaking hands. The door opened. Someone came. You don’t see me across the street. I say goodbye. No one’s listening. You go side by side with someone. You left those minutes so I could keep you inside me.

this is for real




Há um ano atrás, sei que não era esse o horário, mas, há um ano atrás, dois caminhos viravam um só.
De noite, depois de uma camisa apertada e cansada de branco, o definitivo veio de banho tomado. Me restou, depois de tentativa de sensatez (também não sei porque), chorar no colo, num posto de gasolina que já foi cenário de outros carinhos. Cadeiras amarelas, isso era o que eu lembro.
Noite mal dormida, pra variar. Depois, praia longínqua, cheia de vistas ao longe.
Foi assim.
Um ano já se passou.
Minha vontade é outra. Na verdade, sempre a mesma, mas escondida por debaixo de massas dobradas, secas, tudo que queria esconder, me esconder de um mundo em que, não se estando de camiseta, esfriam-se mesmo as costas. Um mundo em que eu, de peito aberto, me abri mais ainda. E o resto da providência divina (é esse o nome?) não se concretiza.
Mesmo assim, o que me resta ainda é melhor, mil vezes melhor, é escolha, sou eu, euzinha, mesmo que com quatro anos ou mais perdidos, eu, que me retomo de pernas, vontades, cabelos e uma risada alta que nunca se esfarela no corredor. Eu. O resto é resto.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Se não tiver isso, vai ter o que então? O que esperar, se o inesperado bateu na minha porta e fez cu doce? O que querer? Não há nada que eu possa imaginar, não há outra possibilidade, porque não existe de verdade outra coisa de verdade.
Detesto. Detesto.
Me deixassem quieta! Deixassem que eu pensasse uma água turva e rasinha da vida, era melhor assim... Melhor na ignorância eterna de não saber que o que não existe não existe.
Mas, não! Não. Esperaram bem quietinhos que eu dissesse/pensasse qualquer palavra mágica que estivesse no meu subconsciente, num subsolo qualquer. Foi assim que fizeram. E aí, vi no que ia dar. De ladeira que não dá mais pra voltar, uma ladeira que nunca deu, porque não sei qual foi o momento que eu poderia pedir pra descer. Se existiu, foi de alguns segundos, de alguns poucos segundos de frio na barriga. Não sei.
Mas queria dizer que não é só minha culpa. Não é. Parece que me espreitaram a vida inteira, esperando isso. Me conheciam antes de conhecer. Não sobrou, então, nenhum eu.
Repito as comidas. Como as mesmas coisas. Sozinha aqui, com vergonha de olhar no espelho. Com vergonha. Com medo. Visto a mesma roupa, como num desenho animado. E cada dia é um quadro de uma seqüência de mil quadros que, no fim, compõem uma cena que pouco mais do que folha de árvore se mexeu. E a conseqüência é perceber que anos passaram pra mim como não passaram para outras pessoas. Eu espero e espero, mas não tenho tempo. Não tenho muito tempo. Tudo está correndo. E esse é meu deslize: esperar ter 35 anos pra poder ser jovem?
E a barca vazia desce o rio...
no dia em que isso acabar não vai ter mais ninguém aqui pra reparar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Delicadeza.
Museu de Arte da Pampulha.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um filme muito ruim.
Um filme muito bom.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

I'm back (ou nem tanto...). Vacation: over...