sábado, 12 de março de 2011

o céu é cinzento. como na praia. como naquele clipe.
honestly, ser honesta comigo e com os outros não tem parecido ser suficiente nem pra pagar as contas. e aí? qual é a medida? ser menos libriana, sentir raiva, ciúmes, sentimentos menores que destoam de tudo que avalio com cuidado? argh... um grunido em direção aos céus.
e detesto esperar, me fazer menos, me deixar a mercê do que quiserem desejar. pra mim, já chega, porque não estou combinando comigo...
lennon, mccartney, all the junk that's suposed to fill up a heart like mine, mas que ecoam como uma memória não tida e toda a intenção vai por água abaixo. nunca consigo fingir direitinho that i don't care. uma estrada estreita, de terra, delicada como esses botõezinhos de uma plantinha que parece uma margarida. um passeio. nossos cabelos molhados de chuva, de córrego onde pulamos de roupa. aquilo era inocência, o resto nunca mais conheci. mãos dadas. olhos de barro. amar aos dezesseis anos poderia ser o fim de uma vida. tudo se despetalou. eu perdi a virgindade de mim. flores amarradas num guidão de bicicleta e de repente você é uma mulher, a menina ficou numa imagem desfocada pela chuva.
na fotografia, tudo ficou escuro (ou meus olhos turvos?).
de que adianta saber, se uma coisa fora de mim se interpõe sem o menor cuidado? eu me cuido, mas de que adianta? quero voltar a ser menina, de branco, com aquele vestido branco que me permito usar - aquele que a chuva e o barro encardiram... e mesmo encardido, eu sei que ele é branco...

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