quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poderia agourar, mandar jogar sal, cal, qualquer coisa que apodrecesse a terra maldita. Mas, passado o primeiro ímpeto, deixa-se estar; não adiantaria mandar acrescentar qualquer coisa que já saturasse o solo de coisa ruim.
De longe, se vêem a poeira e a estrutura seca de um lugar em que, de uma névoa tão espessa de sujeira suspensa, confunde-se o que seja terra, o que seja ar.
Tudo que lhe é próprio me faz me sentir estrangeira, alheia, me faz levantar a cabeça e quase prender a respiração, agüentar até o fim, como que debaixo d’água, mantendo o pé firme, me agarrando em algum galho seguro, para poder, enfim, e, agora em casa, com a ajuda desse meu entorno, me pertencer a mim mesma.

3 comentários:

Advogada Sonia Lima Naves (34)99176-1347 disse...

Maíra:
Pertença a ti mesmo, sem eira nem beira!!!

Beijos

Sônia

kassiaindia disse...

Os galhos tortos e caminhos áridos nos faz crescer pelos lados. Isso tudo nos faz rizomas de algo melhor, deixando para tras o podre fétido do que não nos pertence mais. Crescer é olhar para frente e ver a SELVA verde, o ceu azul e ter certeza que não somos ridicas e nem ridículas. Filha, Oxum tem me ensinado que o bem ou o mal que as pessoas nos fazem é como espelho. nada como um dia depois do outro.

rafaella biasi disse...

sao apenas alegorias my darling...