sexta-feira, 24 de abril de 2009

Uberlândia tem uma felicidade que incomoda. Não sei se é felicidade, mas um ensolarado que nunca acaba e nem desbota. Sol, sol, sol. Sibipirunas ensolaradas. Sete-copas derramando folhas no chão, na porta do boteco. Tias lavando calçadas (sem discurso sobre desperdício). Manhãs com sol baixo e frio de por a mão no bolso, até a hora em que chegue o recreio. E você, se estiver por lá, em qualquer rua, talvez em alguma calçada de desânimo, verá sempre que há uma criança voltando de mochila da escola, se entregando a pássaros cantando, luz de quatro horas, como se a vida fosse sempre aquilo, sem desapego, sem medo de não ir pra casa, te lembrando que esse seu olho de protagonista deveria se entregar a um pouco de cenário.

Um comentário:

Lua disse...

esse texto nesse momento da minha vida foi de chorar...
saudades dum trem q nao tem nome!