terça-feira, 23 de junho de 2009

beloved

Caninos
Boêmios
Todos, todos venham cá
Se aconcheguem no meio da noite, num manto macio esquecido no sereno
Café voltou molhado
De chuva, de suor, de cuspe dos outros
O mensagueiro mudo e tímido se recolheu no trauma, no tédio, sob os olhares interrogativos
Soprou-se no poço, no fosso, gritou-se e o nada nada respondeu
Nem o eco – e tudo descansou
(grama e criança brincam sem saber, sem saber até que ponto outra configuração está se imprimindo)
São sete horas. É inverno. É escuro. Na casa no meio do mato os sapos barulham sozinhos, insetos, sons da noite fria do cerrado, sem orelhas pra se levantar, sem um novo acomodar na cinza, na palha, sem pêlos pra esquentar. O vazio do cair da goiaba no chão perde os protagonistas dessa toda e conhecida interação entre planta, bicho, gente e casa.

Um comentário:

kassiaindia disse...

E tudo, quase, se volta, ao normal.
A noite molhada é preto café.
Sem teddy io.
Um dia, uma noite, no meio.
No meio a familia.
No seio da mãevó
O leite escorre de saudade
Dos filhos e netos
Caninos ou não ,
Não importa
Tudo fica blue.