segunda-feira, 14 de julho de 2008

In shocking pink

Se eu pudesse medir, mensurar, olhar através do meu próprio olho no tempo... Edifício Champs (pronúncia sem o “p”, depois que a gente cresce descobre que é igual campos, Campos Elisios), que era, simplesmente, o prédio da Americana – com o mesmo cheiro há mais de 25 anos e seus balaios de Sonho de Valsa e bala azedinha da Erlan (uma das três coisas que já furtei na vida...). Lá em cima, a gente olhava da janela, talvez quisesse cuspir, se impacientava, aí, vinham os carimbos, os desenhos, as canetas hidrocor, a máquina de xerox, a tomação de água nos copinhos descartáveis... A cidade escurecendo lá em baixo, esfriando. Conjunto de moletom sem tamanho, talvez a barriga ficasse um pouco de fora, desconfortando um pouco, sem camiseta por baixo, costelas poucas.
Do número 836 da rua Tabajaras, podíamos avistar, não só o Edifício Champs, mas, também, a Catedral e seu relógio, à beira da Praça Tubal Vilela, para ver as horas.
Hoje, a vista não mais alcança. Se eu pudesse, no aconchego do elevador quentinho, se eu pudesse, hoje, me entediar daquela maneira mais doce, da melhor maneira, na presença de um irmão, também querendo ir pra casa, ou de qualquer outra criança filha de alguém...
Ahhhhdufu...

Um comentário:

Eu hemorragia disse...

Maúra!! Dá uma visitada no meu blog, e leia o texto Jesse e Celine?

hauhauahahuihah
beijos e saudades