sexta-feira, 21 de novembro de 2008

chão - reborn

não faça nada, não me aponte o dedo, não aperte a ferida, deixa eu sofrer em paz. é o só o que eu peço, não é só o que eu pediria, mas, sem restar nada, é a única fresta que me deixa.

no programa de computador, você vai lá, implanta qualquer coisa ou desimplanta qualquer coisa pra esquecer. e você esquece. mas todo amor de verdade, como essas ervas daninhas mais chulas, chucras, renascem, podem tomar conta de novo, então, você nao relembra, você reama, você ama de novo, porque é a mesma pessoa amando a mesma pessoa.
nem se isso fosse verdade (brilho eterno...), nao me satisfaria, porque nao é seguro, como eu já disse acima, mas será que ia aliviar? se eu esquecesse, apagasse, pelo menos, todas as memórias (mas o que ia sobrar?)?
no trem de ferro, durante a viagem, embaçando a janela com o hálito sem querer, depois, percebendo, e me divertindo, a neve lá de fora, intacta, só o trilho recortando, você sentou atrás de mim, você chamou antes a atenção, com malas afoitas (e você também), quase que você perde o trem, sentamos sem querer no vagão de fumantes, eu e você, e isso iniciou os comentários que viraram conversa e te relembrei sem saber, te readmirei de mãos e gestos o dia era cinza, você, não, você me chamou a atenção. você foi virando o meu reamor.

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