terça-feira, 18 de agosto de 2009

Há um ano atrás, sei que não era esse o horário, mas, há um ano atrás, dois caminhos viravam um só.
De noite, depois de uma camisa apertada e cansada de branco, o definitivo veio de banho tomado. Me restou, depois de tentativa de sensatez (também não sei porque), chorar no colo, num posto de gasolina que já foi cenário de outros carinhos. Cadeiras amarelas, isso era o que eu lembro.
Noite mal dormida, pra variar. Depois, praia longínqua, cheia de vistas ao longe.
Foi assim.
Um ano já se passou.
Minha vontade é outra. Na verdade, sempre a mesma, mas escondida por debaixo de massas dobradas, secas, tudo que queria esconder, me esconder de um mundo em que, não se estando de camiseta, esfriam-se mesmo as costas. Um mundo em que eu, de peito aberto, me abri mais ainda. E o resto da providência divina (é esse o nome?) não se concretiza.
Mesmo assim, o que me resta ainda é melhor, mil vezes melhor, é escolha, sou eu, euzinha, mesmo que com quatro anos ou mais perdidos, eu, que me retomo de pernas, vontades, cabelos e uma risada alta que nunca se esfarela no corredor. Eu. O resto é resto.

Um comentário:

kassiaindia disse...

Maíra, Maíra, Maíra, Maiiiiiiiiiiira..............
Hoje faz 10 meses que meus gritos são surdos...................
10 meses de cama vazia.......
10 meses de remédios fortes...
10 meses que para mim são anos.