quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Olhar praqueles olhos inocentes posando pra foto era uma desculpa pra chorar, porque sabia que iria. Perguntei pra eles: você já está no céu?
Não há nada limpo nesta casa, nem minha intenção. Lençóis com o propósito de me jogar um asco na cara. E aí, começa de novo o boicote.
O teto que já visitei tantas vezes. Essa chave rodando na fechadura. A passagem pra um momento que se sedimenta: eu e eu aqui neste lugar.
Ruim é imaginar o quentinho das outras pessoas, que chegam em casa confortáveis. Inevitável essa sensação que mistura uma inveja (que também dá nojo) com não-sei-o-quê. Ainda mais nesses dias de chuva.
Fosse quinta-feira, fosse 1996, dia de prova bimestral na escola. Haveria onde e pra quem chegar. Cheiro de feijão cozinhando que imagino. Hora de fazer tarefa.
Queria ser acolhida num matelassê infinito, na própria metalinguagem. Envolvida. “Wraped around your finger...”. Por enquanto (ou pra sempre?), vai esta toalha felpuda mesmo...

2 comentários:

Rose Dayanne disse...

Sinto-me assim, as vezes...

Anônimo disse...

Eu tambem....................... De kassiaindia para cara palida.