segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dying for a cigarette. Dying to tell you things I keep saying to myself. Viro de lado, coço a cabeça, me entedio (e agora sempre) com os que estão na mesa ao lado.

Alguém colocou uma moeda na máquina e começou a tocar nossa música. Fiquei quieta no sofá como um recém reabilitado segura a garrafa de uísque. Deixei, segurei, chorei de doer o olho com o rímel e me odiei por me olhar no espelho do banheiro.
As companhias que invento, os discos que escuto, sempre evitando o blues, mas sempre caindo em tentação.
Os papéis de carta, os papéis de parede. Cores que uma vez chegamos a escolher. Roupas que usava pra te agradar. Letras cursivas sobre um papel que escondo de mim.
Queria poder dizer que estou gorda e preciso emagrecer, com aquela olhadinha por cima do ombro. Queria poder dizer que meu pé se aperta numa sapatilha.
Mas não tenho desculpa. Sou mais aquele olhar do cachorro por cima do travesseiro improvisado. E nem tenho o talento de cantar fininho, por cima do cotovelo, pra dizer de um modo bonito as coisas que ficam entaladas dentro, aqui dentro.

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