quarta-feira, 6 de julho de 2011


Leões marinhos. Focas. Seals. Num mar bem frio, nem cinza, nem azul.
Na sombra, na névoa, na fumaça do cerrado.
Momentan ist richtig, momentan ist gut… será?
No vento, pelo vento. O vento que carrega e ensurdece. O vento do litoral. O vento de agosto que passa por mim e não leva nada, não leva nada do que devia levar.
Pedras e cascalho. Cascalho que encontro meses depois dentro de uma meia sumida.
Frio, frio. Frio no Cape. Frio na minha falta de roupa. Frio na volta e quase vontade de voltar. No avião. Nas minhas pernas que encolho aqui, ali, sempre. Me encolhendo sempre. Me encolhendo como um cachorro com medo, me diminuido, diminuindo a velocidade e o volume da minha voz.
Quase choro no filme, no programa de televisão, onde as pessoas estão sendo felizes, tentando ser felizes.
Busco um abraço, um ventre, um cheiro de cânfora, pago por algum carinho ou palavras que nem são doces.
Olho e observo esse pôr-de-sol, toco o horizonte, o rosa, o cinza, aqueço os pés e espero de novo um novo amanhã.

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