terça-feira, 9 de setembro de 2008

still water



Levei um tiro. Caí no chão em câmera lenta. Ainda estou caindo. Meu irmão dormindo do lado, era meu irmão de verdade. Ele segura minha mão na vertigem da madrugada. Ele não sabe o que falou, o que balbuciou ali nas cobertas, talvez nem lembre que esteve acordado a me dizer “tadinha...”, mas não é a consciência que garante essas coisas de presença. Pensei: há muitas outras mãos que não a sua. E sabê-las me reconforta mais do que suspiro.

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